Foi assim, eu nasci mulher e à
medida que fui crescendo brinquei de carrinho, de pique-pega, pique –esconde,
sereia, Barbie, casinha e tudo mais. Mas o que me conquistava e fazia meu
coração pedir sempre bis na brincadeira era a tal da Barbie e da casinha.
Brincar de Barbie era legal demais! Eu montava a casa, tinha um namorado e um
amante, era veterinária e mãe! Quando ganhei a Barbie que engravidava e paria,
nossa, tinha penca de filhos conciliados com a fabricação de filhos com tantos
amantes. Lembro bem de uma noite que minha mãe entrou no meu quarto (eu
fingindo dormir) e chamou meu pai para ver que minha Barbie dormia agarrada com
dois Kens numa cama. E tinha uns 7 anos, mas desde uns 3 eu já entendia muito
bem de onde surgiam os bebês e adorava perguntar só pra ver as looongas
explicações.
E ao brincar de casinha eu já
realizava mais meu instinto materno, deixava o instinto sexual de lado.
Enquanto algumas amigas batiam nas bonecas, suas filhas, eu educava as minhas
com amamentação e conversas. Eu dava banho com todo cuidado nos meus bebês e
vivia engravidando. Era (sou) apaixonada por bonecas, tinha várias.
Então, desde pequena tenho esse
lado sexual e materno aflorado. Cresci, virei adolescente e, claro, os meninos
passaram a ficar mais interessantes e o lado materno entrou de férias, apesar
de continuar sonhando com uma gravidez vez ou outra.
Lado materno de férias = Lado
sexual em trabalho.
Tive meus poucos namorados,
encontros, durante meus 26 anos de vida, mas aproveitei bem (ô!) cada fase com
eles. Tive momentos que achei que queria engravidar naquela época, mas não
largava a pílula por nada, não era a hora, era apenas o sonho de sempre.
De repente estava eu na tal fase
noiva (totalmente desnecessária para minha pessoa) da vida e pensei que se
acontecesse de escapulir uma gravidez, não seria tão assustador. Mas o
relacionamento foi jogado numa lixeira com ratos malandros (hahaha, ai ai) e um
tempo depois (1 mês) estava eu recuperada do término, com meu fogo no corpo e
um carinha mais jovem apareceu no meio da multidão.
O menino era bom na coisa, eu
também, fertilidade saindo pelos poros, coisa e tal.
Lado sexual em trabalho + Lado
materno voltando das férias = funcionário novo Fecundação chegou na empresa.
Mas eu enjoei do carinha. Ele
viajou e eu curti um fim de ano amando estar livre, amigos, festa, vou viajar,
vou curtir a vida, boate e... “nossa, tô velha, uma caipirinha me deixa de
ressaca eterna”, “nossa, engordei 2 quilos muito rápido”, “nossa, que TPM
demorada”.
O carinha chegou de viagem, a
gente se viu numa sexta, “eu não quero mais te ver”, “eu também não quero, foi
bom ficar sem você”, “beijo e tchau”.
Domingo, nem 8 da manhã, acordo o
cara:
- Olha, eu sei que eu disse que
não quero mais te ver, você também não quer mais me ver. Eu sei que tá cedo,
mas... vem aqui em casa?
- Uai, tá.
- Ah, traz um teste de gravidez.
É porque eu fiz um aqui e deu positivo e só queria fazer mais um pra confirmar
se esse não tá com defeito.
- Oi? Teste o quê?
- Aham, to te esperando. Beijo.
E no dia 13 de janeiro de 2013 vi
que engravidar não é só uma brincadeira do mundo das idéias. É algo bem real.
Tirinha: roteiro meu e ilustração do Marco Túlio, o pai do Baby, que esqueceu de assinar.
Eeeehhhh!!!! Agora queremos mais! Mais! Mais! ;-) (Bia, sua colega de gravidez!)
ResponderExcluirQue lindo Carol, adorei ler !!! Conte-me mais sobre isso, rs ...
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