Dizem que gravidez é aquele estado
cheio de emoções. Choros e risos. Sentimentos típicos de uma TPM, só que umas 5
vezes mais fortes. Ou mais fracos, depende da grávida (o que não é o meu caso).
Chego aqui neste marco de 26
semanas até controlada. Talvez – com certeza - sejam os mais de 8 anos de
terapia. Mas ainda assim, recaídas sentimentais aparecem evidenciando tudo
aquilo que uma mulher controlada, independente, liberal, amiga, realista e
moderna tenta vencer.
O Ciúme e o egoísmo
Virei uma ciumenta possessiva.
Ciúme do namorado-pai-da-baby marca presença em alguns momentos. Mas não maior
que o ciúme da baby aqui dentro de mim. E não vou apenas me culpar, já que nem
todas as pessoas colaboram e aumentam meus motivos para sentir o danado. A
filha é de quem? MINHA. Até certa idade, é MINHA e depois é da vida. Eu que
estou gerando, eu que vou parir, eu que vou alimentar, etc. Ajudas são aceitas
quando eu solicito. Do contrário (quando intrometem – falsa ajuda), tenho ódio,
falta de ar, dor no esôfago, cólicas e emburro. Choro escondida. Me faz mal.
Ciúme faz mal, nunca é legal, não é prova de amor. E seria bom se me ajudassem
a não senti-lo.
A Carência
E de repente bate uma carência e
uma solidão...
O Ódio
E de repente cortei tudo que me
faz sentir um pouquinho de ódio, porque parece que o ódio não é passageiro, é
eterno. O que não dá pra cortar, vou convivendo imaginando as piores cenas onde
saio vitoriosa. Tipo uma guerra secreta. Era comum eu enjoar das pessoas, das
situações, da rotina, mas hoje, além de enjoar, eu tenho um ódio grande, não
entendo porque aquilo existe, fico indignada com tudo que não concordo (tipo
grupos religiosos extremistas que enganam as pessoas em troca de bens
materiais), imagino todos apanhando e eu rindo. Isso teve um lado bom: aprendi
a falar “não” com mais freqüência.
O Medo
Eu sempre me dei muito bem com
bebês e crianças. Sempre tive paciência e os bebês costumam gostar muito de
mim. Sempre tive confiança de que eu saberia lidar 100% com um filho, que
gravidez nunca seria um problema, que eu nasci pra isso, etc. Já cuidei de um
monte de neném. Engravidei e até hoje sonho com sangue na calcinha. Engravidei
e imagino uma fila de gente na minha casa falando que eu não sei dar de mamar,
que eu não sei dar banho e dos riscos da morte no berço. Engravidei e imagino
minha filha amando todo mundo, menos eu. Tudo virou ameaça. Todos sonham que
minha filha é linda, sorridente e eu sonho que ela é uma das minhas
cachorrinhas ou uma porquinha rosa de pelúcia.
"imagino todos apanhando e eu rindo." Consegui imaginar vc fazendo isso. rsrs
ResponderExcluirUm beijo e ótima gestação. Adorei seu texto.
MUito Bom!parabéns pelo texto, Carol.
ResponderExcluirVc é mestra nesses textos Carol...muuuuuuuuuito bom!!!!!!! E tá linda de barriguinha de Alice :)
ResponderExcluirOlá... Vim retribuir sua visita... Vi que seu blog tem esse nome por causa do tamanho do bebe que muda a cada semana...
ResponderExcluirNão sei se vc reparou, mas na parte de baixo da página do meu tem um contador que é exatamente assim, cada semana que passa ele vai comparando o bebe com o tamanho de uma fruta... rsrs seria muito legal pro seu blog... O contador fica bem no rodapé da página... depois vai lá ver... rsrs
Beijooos
http://esperadomeupresentinho.blogspot.com.br/
Adorei seu cantinho aqui, bom saber desses sintomas!
ResponderExcluirAinda estou só nos enjoos e não é facil!
Sua barriga esta linda, parabéns pelo sua menina!
Beijos